Igreja de planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangular. Volumes articulados, com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. Fachada principal, orientada a O., terminada em empena escalonada; portal de quatro arquivoltas, assentes em oito colunelos cilíndricos com capitéis esculpidos e imposta; tímpano sobre duas cabeças de ovídeos. Encima-o fresta dupla, mainelada, de arco quebrado, sobre colunelos. Nas paredes laterais abrem-se dois portais, tendo o do lado S., de arco quebrado sobre colunas com capitéis decorados por motivos zoofitomórficos e vegetalistas; tímpano liso sobre duas cabeças de animais e imposta decorada com palmetas. A encimar as fachadas laterais cachorrada esculpida e lisa. A S. adossa-se torre sineira quadrangular, de dois registos e telhado piramidal. Interior com coro-alto, púlpito quadrado no lado do evangelho e dois altares laterais, de talha, postos de ângulo. Arco triunfal de volta perfeita decorado assente em colunas com capitéis lavrados. Encima-o fresta, envolvida por frescos restaurados recentemente. Capela-mor com lambril de azulejos do tipo seiscentista (azuis, brancos e amarelos). Retábulo-mor de talha e cobertura em abóbada com frescos.

MN, Dec. nº 14 425, DG 228 de 15 Outubro 1927 (Fonte: DGEMN)

Capela de invocação a São Martinho, localizada a meia encosta sobre a margem direita do rio Tâmega. Situa-se em lugar meeiro entre as freguesias de Vila Boa de Quires e Sobretâmega. Presume-se que se trate de uma construção do século XIV, para o qual corroboram os elementos arquitectónicos.

Pelourinho da Torre

Pelourinho da Torre ou de Portocarreiro. Possui plataforma quadrada constituída por três degraus. Base monolítica quadrada com chanfro na aresta superior e encaixe central para a coluna. Fuste de secção circular, com entase e colarinho. Tabuleiro em tronco de pirâmide invertido encimado por quatro colunelos prismáticos nos cantos e um central de maiores dimensões rematado por cruz metálica com cata-vento. O tabuleiro, monolítico, possui uma base de secção circular formando gola sobre o colarinho do fuste. As quatro faces do tabuleiro apresentam uma inscrição em português, em caracteres capitais distribuídos por duas linhas. A destruição parcial da linha superior impede a leitura integral do texto. O fuste possui ainda cravada uma argola metálica.
IIP, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933 (Fonte: DGEMN)

Obras do Fidalgo

Imponente frontispício de estilo barroco tardio, datado do século XVIII (1740-1756). Denotam-se referências a Nicolau Nasoni. A obra, que se encontra inacabada e em ruína, foi financiada por António de Vanconcelos de Carvalho e Menezes